Da necessidade de proteção das intempéries habitando em cavernas mesmo que temporariamente o homem inventou o conceito de habitação, com a concentração de pessoas em uma mesma proximidade, surgiram às comunidades e a formação de aldeias.
Da necessidade das aldeias de se protegerem contra ataques e saques de tribos rivais, surgiu às primeiras trincheiras e barreiras e com isto iniciou-se a construção.
Desta permanência mais constante pelo homem em uma única região, veio à necessidade de proteger e posteriormente expandir seus territórios, assim surgiram às tropas ou grupamentos, e com elas a necessidade de se deslocar não só para exploração como para o combate, começou-se assim a serem abertas “picadas” entre as matas, "construções rudimentares" que futuramente dariam inicio às vias e estradas, para transpor os acidentes geográficos como rios e vales, atravessavam-se troncos, formas primitivas das pontes e viadutos.
Homens da Caverna criavam com galhos e pedras, lanças para ajudar na caça e pesca, com a necessidade continua de proteção e expansão territorial devido ao aumento de população das comunidades, começou-se a desenvolver ferramentas rudimentares, porém mais elaboradas e artefatos que já poderíamos considerar como armas, na mesma época já surgiam os primeiros conceitos de embarcação.
Sem querer o homem criou assim o conceito de Tecnologia com finalidades Bélicas, esta crescente necessidade tornou-se cada vez mais indispensável, visto que quem dominasse mais “Tecnologia” conseqüentemente acumulava mais poder.
Os pioneiros em organizar tropas e a fundar um Exercito foram os romanos, deles herdamos as primeiras obras, algumas delas conhecidas até hoje.
A primeira Escola de Engenharia surgiu na França em 1747 com expectativas estritamente militares e para a exploração de minas de ouro e carvão, tendência que foi seguida por todo o Mundo.
Até então o termo "Engenheiro", era definido pelos dicionários, como "oficial que sabe arquitetura militar e dirige os trabalhos para o ataque e defesa de praças".
Somente no século XVIII, surgiu a caracterização do Engenheiro Civil pelo inglês John Smeaton, um dos criadores do cimento Portland, para diferenciar uma nova categoria de Engenheiros que não eram militares.
Até então os profissionais que faziam construções sem fins militares, não tinham nenhuma base teórica e científica, contavam apenas com a experiência, e eram tratados por "mestres de risco" ou "mestres pedreiros", e foram os antecessores dos arquitetos de hoje.
No Brasil, a Engenharia teve seu inicio já a partir do descobrimento, com a construção de fortificações e igrejas.
Mas o surgimento de uma escola de Engenharia, no Brasil se deu em 1808 com a chegada da Família Real ao Brasil e a Fundação da Real Academia Militar do Rio de Janeiro, com o objetivo de formar oficiais em artilharia e cartógrafos.
Com o Decreto Imperial nº 5.600, de 25 de abril de 1874, que transformou a Escola Central em Escola Politécnica do Rio de Janeiro, e a subordinou a um Ministro Civil, desvinculando-a de sua origem Militar e dando inicio a formação de Engenheiros não Militares no Brasil.
Daí o nome: Engenharia Civil é aquela que não é Militar e assim o Engenheiro Civil também é aquele que não é Militar.